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Sabe aquele restinho de óleo de cozinha derramado na pia ou no ralo de sua casa? O líquido pode ser um dos principais inimigos para a rede coletora de esgoto quando descartado de forma errada. Além de causar obstruções na tubulação da sua casa e de vizinhos, também polui rios, mares e solo. Confira a Dica EMASA, que traz mais informações e como o material pode ser reciclado.  

O óleo, à primeira vista, parece inofensivo. No entanto, seja óleo vegetal, óleo de soja, ou gordura animal, como manteigas e banha de porco, apenas um litro do material pode ser responsável pela contaminação de 1 milhão de litros de água. Quando despejado de maneira irregular, pode poluir rios e mares e se parar no solo, o líquido pode impermeabilizá-lo, o que contribui com enchentes e alagamentos. Além disso, quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que além do mau cheiro, agrava o efeito estufa.

Outra consequência é o acumulo de gordura que chega à tubulação na forma líquida e se mistura com outros resíduos e causa incrustações na tubulação. “O acúmulo de gordura por si só, já é danoso na rede, mas quando se agrega a outros elementos como cabelo e tecido, acaba se tornando muito mais grave e pode provocar um “infarto” na rede de esgotamento sanitário, ocasionando extravasamentos de esgoto, em razão da obstrução pela constante repetição deste ciclo por diversos moradores”, menciona o engenheiro do departamento de Manutenção de Esgoto da EMASA, Erivan James Rodrigues, destacando que o bom funcionamento do sistema não depende apenas do poder público “todos devem cumprir com sua parcela de responsabilidade”.

Para reduzir os danos causados, a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA), realiza periodicamente a manutenção e limpeza preventiva da rede coletora e das Estações Elevatórias. Mas, mesmo com os procedimentos adotados, ainda há obstruções da rede devido ao descarte incorreto de óleo, um exemplo disso, são as pedras de gordura encontradas durante as limpezas. São os chamados “fatbergs”, uma massa sólida e compacta, constituída por restos de gordura solidificada, sais minerais, itens sanitários e todo tipo de resíduo. O nome faz alusão à “fat” gordura, e “berg” iceberg, um “iceberg de gordura”. 

Por isso, é essencial que todo imóvel que possua cozinha tenha instalado o sistema de retenção de gordura, popularmente conhecido como caixa de gordura. O tamanho padrão da caixa de gordura deve seguir a Norma Brasileira Regulamentadora, com mais orientações neste link https://bit.ly/2Pa11Gy.  Além da instalação, é necessário fazer a limpeza das caixas, de acordo com o tamanho e o uso do imóvel. O rejeito retirado da caixa de gordura não deve ser despejado novamente na rede coletora, e sim, destinado ao sistema de coleta pública ou levado por caminhões limpa fossa.

Reciclagem de óleo

Após a utilização, o óleo velho deve ser armazenado em uma garrafa PET e depois de enchê-la, levar em um ponto de coleta para reciclagem. O que antes era um problema, passa a ser matéria prima de outros materiais, como na produção de sabão, detergente, glicerina, massa de vidraceiro, ração animal, resinas para tintas, adesivos e até biodiesel.

Em Balneário Camboriú, existem cerca de 51 pontos de coleta, localizados nos Centros Educacionais Municipais, Núcleos de Educação Infantil, Parque Raimundo Malta, Ecopontos e na EMASA. O óleo é coletado sem custo para o Município, pela empresa Ambiental Santos, de Curitiba (PR), que utiliza na fabricação de produtos de limpeza. Em troca, a empresa fornece os produtos de limpeza aos Núcleos Infantis e Escolas. 


Informações Adicionais:

Emasa (47) 3261-0000

Assessoria de comunicação

Estagiária de jornalismo: Camila Diel Gomes

Foto: Renata Furlanetto

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