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Dentro dos preparativos para a temporada de verão e o consequente aumento da população em Balneário Camboriú, a Empresa Municipal de Água e Esgoto (EMASA) já iniciou algumas medidas para garantir a qualidade da água distribuída na cidade. Nesta semana, iniciou a manutenção corretiva em uma das unidades operacionais necessárias para o tratamento da água, os floculadores, com previsão para conclusão na próxima semana.

“A manutenção neste momento irá revitalizar três, dos cinco floculadores, com a substituição das madeiras que formam o percurso responsável pela floculação, garantindo a eficiência no tratamento da água”, explica o coordenador de operações da ETA, Jonas Garcia, destacando que em janeiro o serviço será feito nos outros dois. Como a água bruta captada no Rio Camboriú contém resíduos orgânicos, sais dissolvidos, partículas em suspensão e micro-organismos, todos os processos realizados na Estação de Tratamento de Água (ETA) são primordiais para que esses resíduos sejam eliminados. 

Sem a manutenção dos floculadores, processo inicial no tratamento da água, prejudica o desempenho desta primeira etapa e sobrecarrega o funcionamento dos demais processos, como os decantadores e filtros, aponta a analista química Joanna Godinho, do departamento de Qualidade de Água. “Se esse processo não estiver em pleno funcionamento, é preciso realizar limpezas nos decantadores e filtros com maior frequência que o habitual, já que as impurezas que não são removidas na primeira etapa, acabam se acumulando em outras unidades operacionais”, completa, reforçando a importância da manutenção para melhoria da eficiência dos floculadores.

A floculação e coagulação são as primeiras etapas do tratamento de água, chamado de clarificação, pois a água das represas e rios tem um aspecto barrento proveniente da presença de partículas sólidas muito pequenas, que não se depositam no fundo do tanque (sedimentam), dificultando sua remoção. Para remover essas partículas que não afundam, é realizado o processo de coagulação, que consiste em adicionar coagulantes químicos, sob uma forte agitação, fazendo com que essas pequenas impurezas se agrupem.

Na etapa seguinte, a chamada floculação, a agitação é reduzida gradativamente com a finalidade de aglutinar mais partículas que se encontram em dispersão. Nos floculadores, a água passa por um percurso entre chicanas de madeira (passagens em zigue-zague). “Esse percurso, que reduz gradativamente a agitação da água, provoca o choque das partículas entre as paredes de madeira, fazendo com que se agrupem e dessa maneira, formem flocos maiores e pesados”, explica Joanna. 

Essas partículas já aglutinadas são encaminhadas para outra etapa do tratamento, que é a decantação ou sedimentação, na qual os flocos submergem e se depositam no fundo dos tanques. A água da superfície segue caminho até a próxima etapa, filtração, e o lodo no fundo do tanque é descartado.

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Assessoria de comunicação
Estagiária de jornalismo: Camila Diel Gomes
Foto: Camila Diel Gomes

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