O sistema de monitoramento hidrometeorológico da Bacia do Rio Camboriú é um dos principais instrumentos de gerenciamento de dados, composto por ações de coleta, tratamento, armazenamento, recuperação e disponibilização de informações históricas acerca das condições atmosféricas e vazão do rio.
O monitoramento hidrometeorológico é realizado por uma rede de seis estações hidrométricas, divididas em estações pluviométricas e estações fluviométricas, além de estações meteorológicas.
As principais variáveis monitoradas pelas estações hidrométricas são: nível milimétrico d’água em determinado local de um rio; duração, quantidade e intensidade de chuva; temperaturas do ar (instantânea, máxima e mínima); umidade relativa do ar; direção e velocidade dos ventos; radiação solar global e pressão atmosférica. Outras variáveis podem ser adicionadas, de acordo com a necessidade e especificidade de cada local.
Segundo Kelli Cristina Dacol, gerente de Apoio Administrativo da Emasa, “o objetivo da criação de uma rede de monitoramento hidrometeorológico é coletar informações, em tempo real, acerca das condições atmosféricas e da situação dos níveis dos rios para integrar um banco de dados acessível às entidades e tomadores de decisão. Ademais, o armazenamento dessas informações possibilita o acompanhamento do tempo e do clima ao longo dos anos, constituindo séries históricas para a realização de estudos e/ou projetos como construção de barragens, obras hidráulicas, etc”.
Kelli diz que o sistema funciona “a partir da caracterização física da bacia hidrográfica torna-se possível definir estratégias para o controle de erosão, aproveitamento de recursos hídricos, preservação ambiental, bem como a comparação da bacia com as demais regiões do Estado”.
Todos os dados são centralizados na Epagri/Ciram, no Banco de Dados Hidrometeorológicos (BDH).
Os dados são transmitidos de hora em hora e envolvem desde direção e velocidade dos ventos, temperaturas, umidade relativa, pressão, radiação, percentual de tempo molhado e precipitação total acumulada em várias etapas de tempo, de 10 em 10 minutos, até os 60 minutos.
Além das estações de análise quantitativa, há sondas multiparamétricas (para avaliar qualidade), que foram adquiridas com através da EPAGRI e integradas ao sistema.
A atuação e a manutenção das estações são de responsabilidade da Epagri, Emasa e prefeitura de Camboriú, através de convênio de Cooperação Técnico-científica, fundamentado na Lei Federal de Inovação (14.328, de 15 de janeiro de 2008), regulamentada pelo Decreto Estadual nº 2372 de 9 de junho de 2009.