A obra na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), segue para mais uma etapa. Além de melhorar o sistema, a obra na lagoa de aeração vai corrigir um problema na principal etapa do tratamento biológico dos efluentes – onde processa toda a limpeza do esgoto – para substituição das mantas e geomembranas rompidas, que impermeabilizam o tanque de aeração, como é chamado o local.
Nesta semana, iniciou a colocação das novas mantas geotêxtil em poliéster e das geomembranas em PEAD. Logo após, ocorre a solda das mesmas. A lagoa já foi completamente esgotada, com a dragagem para retirada do material sedimentado no fundo do tanque. Depois foi regularizado seu fundo com britas graduadas; executada toda a drenagem da lagoa e instalado um poço de drenagem; e feita a correção dos taludes para acomodação das mantas nas margens.
A próxima etapa, será o início do enchimento da lagoa com água oriunda do efluente final da ETE, o que deve levar em torno de uma semana. Após a lagoa cheia, a empresa executora poderá finalizar essa etapa dos serviços com a fixação das mantas nas muretas de concreto. Os serviços seguirão com a montagem das tubulações das cadeiras de aeração, até finalizar por completo. A previsão é concluir toda obra até o fim de novembro.
“Essa obra é necessária e muito importante para a eficiência total no tratamento de esgoto. Foram algumas etapas complexas e um pouco mais demoradas, até chegar nessa fase de colocar a nova geomembrana. Mas, até novembro deverá ser concluída por completo, para operar normalmente na temporada”, pontua o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber.
A Emasa ressalta que, no período de obras pode ocorrer mais odor na localidade e o sistema operacional apresentar menor eficiência no tratamento de esgoto. Mas, os técnicos trabalham para que os parâmetros de qualidade se enquadrem dentro dos limites estabelecidos na legislação e autorizados pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Sobre a obra
Os serviços necessários para a resolução do problema, são atividades reconhecidamente padronizadas no segmento de saneamento básico, de acordo com as exigências estabelecidas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), conforme o licenciamento ambiental para execução do serviço de manutenção, recuperação e melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A obra é executada por uma empresa especializada – Submar Serviços Subaquáticos – vencedora da licitação na modalidade Concorrência, do tipo menor preço global. O valor licitado foi de R$ 5.086.939,89 (cinco milhões, oitenta e seis mil, novecentos e trinta e nove reais e oitenta e nove centavos).
Esgotamento do tanque e sistema de aeração provisório:
O volume estimado de lodo retirado do fundo do tanque de aeração foi cerca de 10.000 m³, e o volume da parcela líquida de aproximadamente 43.500 m³. A parcela referente ao material sedimentado no fundo é recalcada para sacos geotêxtil (Bag´s), alocada aproximadamente a 250 metros de distância, sendo que o líquido do Bag é recalcado para a caixa de reunião de lodo dos decantadores. A fração líquida, vai para o canal vertedor do tanque de aeração, e também seguirá para os decantadores. Caso tenha sido enchido um Bag, a tubulação deverá ser desligada deste e interligada em um novo Bag, e assim sucessivamente.
Concluída a dragagem, o sistema de aeração foi desmontado e removido do tanque, de maneira a viabilizar a troca da geomembrana. Enquanto os trabalhos avançam, todo sistema de aeração foi separado, higienizado e inspecionado. Novos componentes serão adquiridos para sua posterior remontagem ao término da substituição da geomembrana, aumentando a eficiência e vida útil do sistema.